Especialista comenta mudanças nos conceitos em busca de novos tratamentos para lesões e doenças.
Fonte: Globo Esporte - saúde
A ciência médica está continuamente fazendo avanços rápidos. Novos medicamentos e tratamentos são desenvolvidos e introduzidos no mercado a cada ano, mas podemos aproveitar melhor esses avanços levando a evolução em consideração. Há pouco tempo usávamos gesso para tratar fraturas, e hoje as órteses removíveis com seus velcros sempre com sua proposta inovadora, de fácil remoção e facilitadora de ganho de mobilidade vieram possibilitar fazer a fisioterapia precoce e ganha cada vez mais espaço na ortopedia.
Na área esportiva, suplementos entram e saem da moda, dietas entram no mercado inovando e prometendo resultados, e em meses muda-se ou evolui o raciocínio algumas vezes até voltando atrás em pensamentos antes ditos como errôneos. Assim foi com o ovo que passou de vilão à mocinho.
Como todos os sistemas biológicos, ambos os organismos causadores de doenças e suas vítimas evoluem. Compreender a evolução pode fazer uma grande diferença na forma como tratamos a doença. A evolução dos organismos causadores de doenças pode ultrapassar nossa capacidade de inventar novos tratamentos, mas estudar a evolução da resistência aos medicamentos pode nos ajudar a retardá-los. Aprender sobre as origens evolutivas das doenças pode fornecer pistas sobre como tratá-las. E considerar os processos básicos da evolução pode nos ajudar a entender as raízes das doenças genéticas e como dominá-las.
E é assim a vida. Quando falamos sobre terapia genética e plasma rico em plaquetas, em 2014, como uma novidade no tratamento de lesões , acreditávamos na sua capacidade inovadora de ajudar na recuperação de lesões. A liberação do uso foi autorizada para fins acadêmicos e de pesquisa pela Anvisa em 2015, e hoje recebemos a notícia que nos dias 16 e 17 de agosto de 2018 haverá um fórum de regulação em Brasília onde será discutido o uso dessa terapia na prática médica esportiva. Aguardaremos, então, os novos passos e resultados da utilização da terapia genética, tratamento com células mesenquimais, células tronco e plasma rico em plaquetas contra lesões.
A evolução da medicina nos ajuda a resolver problemas biológicos que afetam nossas vidas e contamos sempre em ficar um passo à frente das doenças patogênicas, buscando sempre as terapias menos invasivas com resultados mais eficazes e rápidos. Mas os pesquisadores devem entender os padrões evolutivos dos organismos, os genes causadores de doenças e devem também saber controlar nosso sistema de reparação tecidual de forma ordenada. Desta forma, com o conhecimento da evolução e sempre nos atualizando, poderemos melhorar a qualidade da vida humana. E assim, avançamos.
fonte:
https://globoesporte.globo.com
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